14.10.12

No caminho certo

Pois então, mais uma vez temos os pré-indicados para o Hall da Fama do Rock and Roll. E novamente temos o saudoso power trio canadense de Rush, além de outras lendas como o Deep Purple e Joan Jett & The Blackhearts. 

Mas, mass..

MAS CADÊ O KISS?

Mais um ano se passa, e nem indicação os caras ganham. No mais, se pelo menos os três acima citados forem introduzidos (UI!) ano que vem, já tá de bom tamanho pra mim, só não sei se o tio Chan aprova mais essa pegadinha que a cúpula do Hall da fama aprontou. Eaí, aprova Chan?


Se o Chan aprovou, tá aprovado então.

Essa veio direto do Whiplash!.

12.10.12

Lolla is Back!

 
 
E surpreendentemente, temos mais uma vez as Rainhas da Idade da Pedra de Palm Desert, Califórnia, pisando em terras tupiniquins. O Queens of the Stone Age apareceu do nada no ótimo set para o Lollapalooza 2013. Depois do Lollapalooza desse ano, fiquei satisfeito com meu histórico de shows e defini que só voltaria a investir (e realmente é um investimento) em algo desse tipo para ver o Queens novamente. E isso não quer dizer que não fiquei satisfeito com o que vi no SWU, em 2010. Na verdade, apesar dos problemas técnicos (o único show a atrasar, e ainda 50 minutos!), e do tempo encurtado (menos de uma hora), o show foi do duka. Não esperava nem um pouco que Johsua Homme e cia. viesse para cá tão logo, e se bobear os caras já estarão desfilando músicas do novo álbum (lá se vão 6 anos sem inéditas). Tudo pra ser histórico.
 
Só espero que a organização do Lolla olhe bem para o stoner e de a ele um pouco mais de tempo para respirar e dar uma mostra de sua qualidade ao público. Talvez a campanha involuntária realizada por muitos no Lolla 2012, com camisas do QOTSA (eu tava junto!) tenha ajudado nessa convocação. Por não ser um headliner, corre o risco de o Queens ficar deslocado no cast e ter outra apresentação curta. Mas é como se fosse um headliner "secundário", então esperamos no mínimo uma hora e meia de pancada e piração que o stoner e o desert propiciam.
 
No SWU, senti falta dos clássicos no Debut dos caras ("Mexicola" e "Regular John" principalmente), bem como outras lendas como "Better Living Through Chemistry" e "Millionaire". De qualquer forma, foi o melhor dos shows que eu já fui, pois curti todas as músicas, do início ao fim, até a zoada "3's & 7's", onde o Troy Van Leeuwen teve que se virar com sua guitarra desafinada, haeuheauheauhea.
 
Só pra lembrar, uma fração do que rolou em 2010:
 
  
 
Mas está aí, o QOTSA ganha uma terceira chance. Isso porque os caram foram zoados por mais de cem mil pessoas que queriam ver Sepultura no RIR3, quando ainda eram desconhecidos, e tiveram problemas técnicos (roadie troll, leia-se) no SWU, apesar do ótimo show. Mais uma vez estarei em São Paulo, com certeza. E, se pintar The Black Keys ou Kaiser Chiefs no mesmo dia, melhor ainda.

20.9.12

Durma com esse barulho

Isso acontece pelo menos uma vez por semana comigo.

Essa veio do LeNinja.

MAGNIFICO O O O O O

Quero dizer, to com essa música na mente e O MAMA MIA MAMA MIA MAMA MIA LET ME G.. digo digo, tem umas três semanas já. Viciadão mesmo.

Por isso que vou compartilhar ela, pois quero que mais pessoas viciem também




BOA NOITE AE.

8.9.12

Música, álbum, banda da vez

Talvez a última nem tanto. Mas essa semana fiquei curioso por uma tal dupla norte-americana chamada "The Black Keys". Na verdade, eu nem sei por quê. Já tinha ouvido falar algumas poucas vezes, mas não fazia ideia do estilo da "banda". Então pesquisando profundamente (leia-se Wikipedia) resolvi baixar o mais recente trabalho dos caras.

Entiulado "El Camino", o álbum de 2011 foi uma grata supresa pra mim. Claro que comparações com os White Stripes são inevitáveis, mas acredito que os Black Keys estão em outra onda. O som deles chama mais a minha atenção até, pelo menos o desse álbum, que foi bastante elogiado pela crítica. Mantendo a mesma pegada durante seus quase 40 minutos, "El Camino" te convida pra um bis e possui grandes canções.

Músicas como "Lonely Boy", "Gold on the Ceiling", "Little Black Submarines" e "Mind Eraser" chamaram minha atenção logo na primeira audição, a cada vez que escuto o registro completo novas canções aparecerem, e quando menos percebo, o álbum todo já está na ponta da língua. Músicas curtas, diretas, com grande instrumental e a voz marcante de Dan Auerbach (quem não associa ela com a de Bono Vox?) são os destaques dessa banda de blues-rock (?), que tem um quê de Indie também.

O grande divisor de águas quando me interesso por uma banda, normalmente, é a sua performance ao vivo. E pelo que tenho visto, os caras mandam muito bem nos palcos. Contando com o reforço de outros instrumentistas (o que não acho muito legal, mas é "perdoável"), a dupla, e o jeito excêntrico (a primeira vista) do baterista Patrick Carney ganha ainda mais respeito. A voz do Bono, digo digo, Dan Auerbach, é a mesma ao vivo, ele não decepciona. Digo isso pois achei-a demasiadamente artificial, e muito desconfiado, conferi alguns vídeos de shows, e tive a boa surpresa.

Me interessei em conhecer mais da discografia dos caras, mas ainda quero escutar El Camino mais algumas vezes. Grande álbum e audição recomendada, provável que saia um review com mais detalhes dele qualquer dia desses.

Uma palhinha da dupla? Pois não, olha só:


19.7.12

Rock da vez [10] e [11]

E hoje foi em dose dupla. Duas músicas fizeram o meu 19/07, e não são de qualquer artista ou banda. Duas lendas (vivas ou não) do rock aqui hoje.

A primeira do dia foi de um artista que eu já tinha ouvido falar, mas não conhecia nenhuma música. "Bobby Brown", do Frank Zappa, é incrível, com grande destaque para seus vocais. A letra da canção também é muito boa. Segue:



Pra terminar esse dia, temos "Gimme Shelter", dos Rolling Stones. Nunca fui muito curvado a curtir os britânicos cinquentões, mas essa música realmente chamou a atenção, com sua grande composição, numa melodia bem diferente do que eu tinha em mente quando o assunto é a banda de Mick, Keith, e cia. Animador pra conhecer mais, possui grandes guitarras do Sr. Richards.

 

14.7.12

Dia de Róque!

E daí que o dia mundial do rock foi ontem? Dia de rock é todo o dia!

Abaixo, alguns roquezinhos-mais-ou-menos pra curtir o fim de semana.















Tá tá, devo admitir:




 
 
Esses, segundo o "Hall da Fama do Rock n' Roll" não são Rock, mas mesmo assim vale a audição.













E é claro que tem muito mais, só não posto mais porque to com preguiça mesmo.

17.6.12

A_rocknews [38]

Hoje, sobre possíveis lançamentos futuros.
 
Bonita a cara

A capa bonita aí de cima é a do novo álbum do Green Day, que faz parte de um projeto um tanto quanto ambicioso. "Uno!" será o primeiro de três álbuns a serem lançados em sequêcia até janeiro de 2013. Tanta música nova, tomara que o trio liderado por Billie Joe retorne aos trilhos e tenha se inspirado principalmente em seus próprios primeiros álbuns. Aí boto fé.

***

Enquanto isso, no Reino Unido, o Black Sabbath continua adiante nos processos de gravação do seu novo álbum. Apesar dos vários problemas ocorridos desde o fatídico 11/11/11, parece que o quarteto (ainda sem Ward, mas quem sabe?) já tem 15 músicas. Geezer afirma que o som tende ao old school, e quando se tem um produtor como Rick Rubin trabalhando pode-se esperar grandes coisas, apesar de que o Black Sabbath dispensa apresentações e produções externas.

***

Em setembro teremos "Uno!" do Green Day, mas teremos novas do Muse também. O trio britânico volta lançando "The 2nd Law", e a espectativa por mais um grande trabalho dos caras é grande. Além do nome, a única informação referente ao novo CD é o trailer que segue:




***

Enquanto isso, do outro lado do mundo (mais precisamente Austrália) o AC/DC dá pistas sobre um álbum derradeiro e uma última turnê. A turnê de "Black Ice" durou dois anos, foi extremamente massante, mas eles querem mais. Um último álbum com uma última passada pelo Brasil seria ótimo, mas é bom não ter grandes esperanças. Um novo CD é provável, mas shows gigantes e tours como a de 2008 dificilmente irão se repetir, como até os próprios membros afirmaram. A idade pesa!

24.5.12

Rock da vez [9]

Concordo. O esterótipo dessa banda e a primeira imagem que vem a cabeça quando falamos dela não são dos melhores. A melosa (porém, amplamente tocada aqui) "Miss You Love", fez com que o Silverchair passasse, pelo menos aqui no Brasil (ou só pra mim), a imagem de uma banda melosa e aquela coisa toda. Ok, é até verdade. O estilo da banda variou muito de um disco ao outro, por isso ela é tão controversa. Mas a canção de hoje é uma das mais leves de um álbum dos mais pesados. "Freak Show", de 1996, é o álbum que mais conheço, principalmente devido a música "Freak", que foi meu rock da vez durante muuuuuito tempo. Mas essa semana resolvi escutar o álbum inteiro com mais atenção, e me deparo com uma em especial.

"Abuse Me" tem, como em quase todo o decorrer do álbum (talvez saia algum review dele por aqui outro dia), muito da atmosfera grunge. Mas, apesar de fortemente inspirados no Nirvana, o Silverchair apresenta com "Abuse Me" uma passagem mais bem trabalhada, e possui destaque na letra (simples e de chamar a atenção) e nos vocais. A melodia dessa pega muito fácil, por isso está na cabeça e é o rock da vez.



22.5.12

Comparativo do dia

Só comparando o que é incomparável.

Essa veio do Ah Negão!.
Deve ser mais legal ver uma hora e meia de show regado a playback. Não sei porque já aguentei horas e mais horas (e repeti o erro outras vezes) pra ver um show sem isso. Como diria meu bisavô materno, "Playback é tudo, playback é vida".

Boa semana a todos.

13.5.12

Novo Single! [7] E outro! E outro, e outro...

Algumas novas capas para enfeitar as estantes por aí

Muitos, muitos singles. Também, quase duas semanas vadiando, novidades surgem.

Começo pelo Slash.

O da cartola está pronto pra lançar seu novo álbum, "Apocalyptic Love!", dessa vez com Myles Kennedy, do Alter Bridge, de vocalista efetivo mesmo. O cara tá lançando uma faixa por dia para streaming, boa ideia. Ainda não tive a oportunidade de ouvir as demais faixas, mas "One Last Thrill" me agradou nas primeiras audições. Segue a faixa:




Agora, Linkin Park.

Essa tem uma peculiaridade para mim. Quase 10 anos atrás, eu escutava essa banda quase todos os dias e tudo o que eu queria era ir num show dos caras. Aí, eles enrolam para lançar álbum novo ("Minutes to Midnight", que considero razoável), e depois se perdem em "A Thousand Suns". Isso culminou no fato de que eu fui no show dos caras, mas acabei nem vendo direito. Fui no SWU pelo Queens mesmo. Agora tem novo CD aí, e seu primeiro single, "Burn it Down" é uma boa música, mas não passa disso. Definitivamente, o Linkin Park está tomando outros rumos mesmo, mas não tem como criticar os caras.




Segue com The Hives.

Dia 5 de junho sai o álbum "Lex Hives" dos caras, e tem faixa nova na praça. Trata-se de "Go Right Ahead", que é muito boa por sinal. Queria escutar mais os Hives, mas outras muitas bandas têm tomado o meu tempo, mas se as demais faixas do álbum seguirem essa linha, teremos mais um bom CD nas prateleiras esse ano.




Serj Tankian.

O vocal do System of a Down não interrompeu sua carreira solo e vai lançar álbum novo esse ano (e o System, até agora nada), com lançamento previso para o dia 10 de julho. Segue abaixo a tracklist do novo CD, intitulado "Harakiri":

1. Cornucopia
2. Figure It Out
3. Ching Chime
4. Butterfly
5. Harakiri
6. Occupied Tears
7. Deafening Silence
8. Forget Me Knot
9. Reality TV
10. Uneducated Democracy
11. Weave On

Pra encerrar, The Offspring.

Nada melhor do que receber novidades dos caras, né? Banda muito boa, com grandes sucessos nos anos 90, que ficou meio apagada na década passada, está de volta com álbum novo pra retomar os trilhos do sucesso. Pois bem, saiu mais uma faixa para streaming ("Cruising California (Bumpin’ In My Truck)") que eu prefiro nem compartilhar com vocês, meus caros. Ou os caras estão zoando todo mundo, ou eles perderam o que lhes restou de lucidez. Pra se ter uma noção, muitos comentários comparam a faixa a músicas da Katy Perry, e pior que parece mesmo. Realmente, fico com medo desse novo CD do Offspring. Mas, se mesmo assim está curioso pela faixa, ela tá no link ali em cima. Boa sorte.

E boa semana também.

1.5.12

Dia do Trabalhador e Novo Single! [6]

Depois de um tempinho de férias, nada como voltar ao trabalho (que trabalho) no dia primeiro de maio. Coisa pra caramba aconteceu nesse tempo, como o rolo do Guns n' Roses no Hall of Fame (leia-se Axl Rose), a catástrofe que foi o Metal Open Air, além de novidades vindas de bandas como Green Day, Rush, Offspring (com direito a single novo) e Smashing Pumpkins! Muitas novidades por aí.

Mas falando em Rush (a banda do momento, confesso), eu não podia deixar essa passar em branco. Esse feriado de hoje me lembra uma música muito boa dos canadenses. Não sei porque ela me lembra esse dia, talvez por se chamar "Working Man". Essa é a dica do dia:


Bom feriado, trabalhadores!

22.4.12

Rock da vez [8]

O rock da vez mais uma vez vai pro Pink Floyd. Agora baixei Echoes, a coletânea dos caras, e tem muita coisa boa. Essa é das antigas, do primeiro disco (The Piper At The Gates of Dawn), com grande contribuição de Syd Barret, que compôs a faixa e cantou. Ouvindo falar de Pink Floyd, você imagina qualquer novidade e experimentalismo vindo deles, mas essa faixa surpreende. Tem até um cometário no "vídeo" dizendo que essa música se parece com algo entre The Beatles e The Doors, e é por aí mesmo. To cantando os versos dela na minha mente a algumas horas já:



Só um motivo pra não ter postado essa semana: podre da gripe. Agora acho que passou.

17.4.12

Genial

Cara fera é isso aí.



Achei por um momento que ele ia esquecer do PJ e Oasis


Ah, e como não podia deixar de ser, o dia 15 (anteontem já) não passou em branco não. Domingo completou onze anos da morte de nada mais nada menos que Joey Ramone. Pois é.

11.4.12

Jockey Clube, 07/04/2012



Ficou evidente desde a escalação das bandas, que o primeiro dia do Lollapalooza Brasil se resumia em um show do Foo Fighters com várias bandas de abertura. Talvez esse efeito fosse um pouco minimizado se a banda liderada por Dave Grohl fizesse mais alguns shows por aqui.

O sol escaldante da capital paulista não acalmou os ânimos da multidão que crescia em número dentro do Jóquei Clube. A organização da entrada foi muito boa e rapidamente já estava pisando na grama. Começando a tarde com Wander Wildner, que apresentou um ótimo show, onde faltou apenas a clássica "Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo" (pelo menos não cheguei a tempo de ouvir). Passado alguns minutos na sombra ao som de Marcelo Nova, o Cage the Elephant sobe ao palco Butantã as 15 em ponto e fez uma boa apresentação também. O frontman da banda tinha uma grande presença de palco e na segunda música já tinha se atirado na plateía, que foi a loucura. O cara tava no brilho, só pode. Conhecia algumas músicas da apresentação, e me pareceu que o som estava meio prejudicado, principalmente na guitarra e no vocal. Os destaques vão para músicas como a de abertura "In One Ear" e "Back Against the Wall". Mas os sol escaldante me fez procurar uma sombra antes do fim dessa apresentação.

Wander Wildner no Palco Butantã

Sendo testemunha do êxodo de pessoas que estavam no palco Butantã para o palco Cidade Jardim (o do Foo Fighters), chegamos a conclusão que seria melhor se bandear para aqueles lados o quanto antes. Com isso, conferi o agitado show d'O Rappa, que é um grupo que respeito, e fez a galera cantar vários clássicos do grupo de Falcão e cia. Show bom, o que fazia o tempo não demorar tanto a passar. Quando acabou o show do O Rappa, algumas pessoas até que se retiraram do palco Cidade Jardim, mas já era perceptível que milhares de pessoas já iam ficar por ali desde as 5 até as 8h30, horário do Foo Fighters. Nesse meio tempo, 1 hora de fila pra comprar comes & bebes pro pessoal (deveria ter comprado todos os tickets antes), onde era tudo múltiplo de 4 reais. Ô cotação mais alta dessa tal de "Pilapalooza"! Mas tudo bem. Até voltar ao lugar que "reservamos", TV on the Radio já estava no palco, e presenciei um bom show. Gostei mesmo, mas como estava me preparando para mais tarde, preferi ficar sentado/deitado, assim acabei só ouvindo o show inteiro quase. Depois disso, mais 1h15 de espera, que até não demorou tanto.

Isso porque o Foo Fighters subiu ao palco com uma pontualidade invejável (digno de Guns n' Roses), e ali já ganhava muitos pontos com o público. A expressão de Dave Grohl, de alegria, de satisfação por estar no Brasil após 12 anos estava estampada no seu rosto. E no meio daquele agito inicial entre banda e platéia, surgem os riffs iniciais de "All My Life". Muitos não esperavam essa música para abrir o show, inclusive eu. A surpresa foi muito boa, logo de cara eles soltam uma de minhas preferidas. Não deixando o público ficar parado, eles disparam a clássica "Times Like These" e "Rope", um dos singles do último álbum. Depois de todo o agito causado por "The Pretender" foi a vez da galera cantar em coro "My Hero". Na sequência, ainda tinha "Learn To Fly". Tantas clássicas logo de início poderiam fazer qualquer um pensar que a apresentação perderia o nível nos blocos seguintes. Com muita conversa entre Grohl e o público, o show seguiu com "White Limo" e "Arlandria", duas faixas de "Wasting Light". Quando Dave pega sua guitarra e dá seus primeiros acordes, logo imaginei "Breakout!". Não deu outra. O coro do público cantando o primeiro refrão, com a banda apenas apreciando foi um dos momentos mais marcantes do show. Mais um ato terminado, hora de uma jam. Dave apresenta os membros da banda, que mostram suas habilidades, e quando chega a vez de Pat Smear, eu pensei que finalmente iria ver ele mostrar suas habilidades e justificar sua participação no Nirvana e no Foo Fighters. Mas o cara simplesmente pega a guitarra e esfrega na caixa de som. Claro que a galera vai a loucura com a atitude, aplaude e grita, mas Smear ainda fica devendo. Quando Taylor Hawkins é apresentado, todos aplaudem muito ao que é um dos grandes bateristas da atualidade. Ele faz seu solo, mas chama Grohl para as baquetas, o que o público aprova com louvor, é claro. Isso tudo era uma justificativa para Hawkins ir para o microfone cantar "Cold Day in The Sun", uma das faixas mais melódicas e lentas da apresentação. Voltando a frente do palco, Grohl inicia a grande "Long Road To Ruin", e depois, finalmente, uma música do primeiro CD, "Big Me". Aí, uma de minhas preferidas começa a tocar: "Stacked Actors" tem que estar em qualquer show dessa banda. A faixa se estica com mais alguns minutos de jams onde na vez de Smear se apresentar, ele quebra sua guitarra e sai do palco. O auge dessa foi quando Grohl toca um trecho de "Feel Good Hit of The Summer" do Queens of the Stone Age como intro do derradeiro e matador último refrão. Com essas últimas faixas, o público deu uma esfriada, pelo que pude perceber, mas "Walk" tratou de agitar tudo novamente. "Generator" não é unanimidade entre o público, mas curti a escolha pro set. "Monkey Wrench" voltou a agitar a galera e fez Grohl se preparar melhor para fazer seu característico berro. Faixas mais antigas como "Hey, Johnny Park!", "This is a Call" e o cover de Pink Floyd "In The Flesh?" (curti essa, não sei porque), deixaram o publico mais parado. Mas "Best of You" não. Todos cantaram a faixa inteira, e surpreendaram a banda com os milhares de cartazes com "OH!" na hora do coro final. Grande fim da primeira parte do show.

Dave Grohl se diverte no LollaBr

Com Grohl e Hawkins, no telão, brincando com público e negociando quantas músicas mais deveriam tocar, ficou perceptível que essa banda é diferenciada das demais no cenário atual. Chegando ao consenso de que tocariam mais 5 canções, eis que os caras nos surpreendem novamente: primeiro porque acabaram tocando mais 6, segundo porque voltaram com a rápida, pesada, e surpreendente (pro setlist) "Enough Space", e depois seguiram com a antiga "For All the Cows" e a novíssima "Dear Rosemary". E por último, por chamarem ao palco a grandiosa Joan Jett, após vários agradecimentos de Dave à ela mesma, Perry Farrel, Jane's Addiction ("Eles foram o Led Zeppelin da minha geração!") e ao Lollapalooza. Tocaram "Bad Reputation" e "I Love Rock And Roll", mais clássicas, impossível. Depois, para a alegria geral da nação, a esperada e até certo ponto previsível - quem se importa - "Everlong". Épica, e emocionante, fez algumas dezenas de pessoas entoarem seus versos.

Fim de show, Grohl agradece ao público com beijos e corre de um lado ao outro do palco com a famigerada bandeira do Brasil. Missão cumprida com êxito, superando problemas na garganta, que em alguns momentos foram visíveis, digo, audíveis. Aos que presenciaram esse momento, restou voltar pra casa, e guardar na memória esse show histórico, o que não deve ser muito difícil.

Para mim, poderia rolar algumas músicas do debut album, como "I'll stick around" e "Oh, George", ou até as mais recentes "Bridge Burning" e "Back and Forth", mas não tem como tirar qualquer faixa escolhida pro set pra substituir. Para mim, as passagens mais marcantes dessa apresentação ficaram com "All My Life". "Breakout", "Stacked Actors", "This is a Call" e "Best of You". O set completo, aqui.

6.4.12

O que o dia 05/04 tem de errado?

Alice In Chains: há 10 anos Layne morria vítima de overdose

05/04/1994: Kurt Cobain, líder da banda Nirvana, suicida-se no auge da fama

05/04/1998: Cozy Powell, lendário baterista, morre após um acidente de carro


Que zica ein, dia macabro.


Mas o que importa agora é o dia 07, o tão esperado Lollapalooza chegou, vamos ver no que vai dar. Grandiosa atração da primeira noite, o Foo Fighters fez um show na Argentina essa semana, e eu curti o set. Com covers de Ramones, Pink Floyd, Queens of The Stone Age e uma jam com a Joan Jett não tem como ficar ruim, né? Só tomara que os problemas que Dave tem tido na garganta não o atrapalhem amanhã.

4.4.12

Estádio do Morumbi, 01/04/2012


Se me perguntassem a alguns meses atrás se eu iria em um hipotético show do Roger Waters, eu iria perguntar: "Quem é esse cara?", e na verdade foi o que fiz, no fim do ano passado. Nunca fui muito propenso a escutar Pink Floyd, escutava lá de vez em quando as antológicas "Another Brick in The Wall Pt.2" e "Wish You Were Here". Pois bem, acabei baixando o "The Wall" por curiosidade, só que mais por vontade de ouvir "Comfortably Numb" em um fatídico dia. E poucos dias depois, quando percebi que estava ouvindo o álbum umas 50 vezes ao dia, resolvi embarcar no espetáculo que Roger Waters iria nos proporcionar aqui no Brasil.

Quanto a organização do show, foi a melhor que eu já presenciei. Isso porque "The Wall Live" precisava ser apresentado em uma area/estádio. Em outros shows as pessoas formavam uma fila quilométrica pra se afunilar em uma única entrada. A entrada foi rápida, e a escolha do lugar não foi muito complicada, visto que entrei no estádio umas 2 horas e meia antes de o show começar. Primeiro show sem ser na pista. Olhei para cima, em um dos refletores, e percebi um pequeno avião pendurado, com um cabo que o levava até o grandioso muro, somente esperando a sua hora de entrar em cena. A empolgação só aumentava.

Avião pronto pra entrar em ação
O tempo até que passou rápido, apesar do pequeno atraso (15 minutos). Mas quando os projetores se voltaram ao muro, as luzes do estádio se apagaram, e os primeiros acordes de "In the Flesh?" saíram das várias torres de som em volta do estádio, tive a certeza de que um grandioso espetáculo estava por vir, se é que restava alguma dúvida disso. Ao fim da música, o avião faz seu papel, atigindo o muro, e o efeito sonoro de sua queda e impacto foi incrível. Fogos de artifício e um show de luzes escerraram a primeira faixa. Seguindo, "The Thin Ice" para dar uma acalmada nos ânimos. Depois, uma das melhores sequências do álbum (Another Brick in The Wall Pt.1/The Happiest Day of Our Lives/Another Brick in the Wall Pt.2) já me fez pensar que o show poderia acabar ali, que o ingresso já tinha valido a pena. O efeito sonoro do helicóptero que inicia "The Happiest" foi incrível, e as crianças cantando a segunda parte de "Another Brick", também. Ao final, todas elas "atacando" o gigante professor que atormenta suas vidas. O show poderia ter acabado ali, mas ainda tinha muito, mas muito mais. A grandiosa "Mother" foi entoada por muitos, e o solo em que ela culmina é um dos melhores da peça. "Goodbye Blue Sky" serviu para dar mais uma acalmada, e as imagens no telão foram espetaculares. Uma de minhas favoritas do primeiro ato, "Empty Spaces" (para mim uma introdução a "Young Lust") ficou meio camuflada com a entrada de "What Shall We Do Now?" no meio, música ausente no álbum. "Young Lust" apresenta grandes guitarras e imagens "calientes" no telão/muro. Após isso, "One of My Turns", que apresenta grande evolução. Então, uma de minhas preferidas do álbum, que não decepcionou na apresentação: "Don't Leave Me Now". Para encerrar o primeiro ato, mais uma pitada de "Another Brick in the Wall", na sua terceira parte, "The Last Few Bricks", outra ausente no disco, e a melancólica "Goodbye Cruel World", para deixar o muro completamente fechado. Era hora do intervalo, luzes acessas novamente.


Depois de 20 minutos em que o palco serviu de mural para apresentar vítimas de guerra, as luzes se apagam novamente e os acordes marcantes de "Hey You" levantam o público na mesma hora. Nesse momento o show estava focado apenas nas projeções do muro e os efeitos sonoros, visto que a banda estava atras do colosso de 11 metros de altura. Uma de minhas preferidas do segundo ato, "Is There Anybody Out There?", também marcou pelas imagens exibidas e pelos seus acordes finais. Uma abertura é feita no muro, e então temos Roger Waters sentado em uma poltrona, em um cenário de hotel, cantando "Nobody Home" e depois "Vera" e "Bring The Boys Back Home" com imagens de soldados voltando pra casa. Essas quatro belas canções têm para mim o pretexto de nos preparar para o momento mais marcante e emocionante da noite. A épica "Comfortably Numb" fez os milhares de fãs se levantarem nas arquibancadas novamente e entoarem seus versos. Com Waters a frente do muro, efeitos visuais hipnotizantes e solos memoráveis da guitarra de Dave Kilminster, o público ficou confortavelmente estasiado. Para seguir e quebrar um pouco o gelo, temos "The Show Must Go On" e "In The Flesh!", que agitou o público novamente, com belas cenas e muita crítica social envolvida. Outra que empolgou bastante o público foi "Run Like Hell", e "Waiting For The Worms", com Waters de megafone, nos hipnotizava com suas imagens e nos preparava para o gran finale do show. Com "Stop" como preparativo, "The Trial" encantou com a animação exibida, culminando com a tão esperada derrubada do muro, aos gritos de "Tear down the wall!". Para encerrar, "Outside The Wall", tocada aos aplausos do público, e após isso, Roger Waters apresenta cada um dos músicos enquanto eles vão deixando o palco. Fim do espetáculo, ali, no estádio, mas não na memória das aproximadamente 70 mil pessoas que presenciaram esse épico.
 

Setlist 
- Parte 1:
1 - In the Flesh?
2 - The Thin Ice
3 - Another Brick in the Wall (Part 1)
4 - The Happiest Days of Our Lives
5 - Another Brick in the Wall (Part 2)
6 - Mother
7 - Goodbye Blue Sky
8 - Empty Spaces
9 - What Shall We Do Now?
10 - Young Lust
11 - One of My Turns
12 - Don't Leave Me Now
13 - Another Brick in the Wall (Part 3)
14 - The Last Few Bricks
15 - Goodbye Cruel World

- Parte 2
1 - Hey You
2 - Is There Anybody Out There?
3 - Nobody Home
4 - Vera
5 - Bring the Boys Back Home
6 - Comfortably Numb
7 - The Show Must Go On
8 - In the Flesh
9 - Run Like Hell
10 - Waiting for the Worms
11 - Stop
12 - The Trial
13 - Outside the Wall

30.3.12

A_rocknews [37]

Algumas bandas mais sumidas nesses últimos meses - ou até anos - têm certas novidades para nós.
O Soundgarden, que já teve seu retorno anunciado a algum tempo, lançou essa semana um preview de uma canção nova, chamada "Live to Rise". Segue o trecho:


A música (dessa vez completa) estará na trilha sonora do filme "The Avengers", e a banda liderada pelos grandes vocais de Chris Cornell já lançou outras duas canções desde o seu retorno. Fortes indícios de que o primeiro álbum de inéditas em 16 anos saia esse ano ainda. Grandes expectativas.

***

Outra banda sumida (mas que não estava em hiato) resolveu se manifestar: o Offspring anunciou que as gravações do sucessor do contestadíssimo "Rise and Fall, Rage and Grace", de 2008, estão finalizadas. Dexter Holland e sua turma precisam provar com esse álbum que continuam muito vivos no cenário. Ao que tudo indica, o álbum (sem título ainda) sai esse ano, e quando sair, quero ouvi-lo e analisá-lo bem, por pura curiosidade, pois quero saber que rumo uma banda típica e tão popular no início da década passada tomou.

***

Atravessando o Pacífico, a Austrália não traz novidades tão empolgantes assim não. Os Jet anunciaram o encerramento de seus trabalhos, após três álbuns de estúdio. Banda que conheci a pouco tempo, mas que tive uma boa primeira impressão. É uma pena mesmo.

***

E a expectativa aumenta: depois de Porto Alegre e Rio de Janeiro (nesta noite), é a vez de São Paulo receber o aclamado show The Wall Live, com Roger Waters. Ler a resenha do show de domingo só fez essa agonia aumentar. Estádio do Morumbi, São Paulo, dia 01/04. Piada pronta, mas até parece mentira. Ansiedade lá no alto, e claro, semana que vem minha humilde resenha do espetáculo. Para aliviar a tensão, segue uma prévia do que milhares de pessoas - como eu - verão. No vídeo, um momento único, talvez um último suspiro de Pink Floyd. Emocionante.

21.3.12

Rock da vez [8]

Resolvi baixar o primeiro CD do Jet por causa dessa música. Já ouvi algumas vezes em lugares aleatórios, mas nunca tive vontade de conhecer melhor o trabalho dos australianos. "Are You Gonna Be My Girl" foi um dos carros-chefes de seu debut album, que obteve notável êxito junto à critica e ao público. Na primeira audição, "Get Born" (nome do álbum) peca um pouco por alternar demais músicas frias e mais lentas com o rock que vos apresento hoje. A música tem um quê de The Hives, um fundo de Strokes e parece que nasceu na Grã-bretanha e tem destaque no vocal, por isso é a da vez por aqui:


20.3.12

19/03

Essa data é marcante no mundo do rock, pois a trinta anos atrás, Randy Rhoads, ex-Quiet Riot e guitarrista do Ozzy em sua carreira solo, morria de forma trágica. Seu maior medo era entrar em um avião, e por ironia do destino, em um raro momento em que tomou coragem para encarar um, acabou perdendo a sua vida. Um dos mais promissores (25 anos apenas) guitarristas já era uma realidade, tendo seu trabalho reconhecido antes até de seu falecimento. Músicos das mais diversas frentes do rock consideram Randy um dos maiores da história, um revolucionário. Seus incríveis solos jamais serão esquecidos. Tanto que não tem como falar de Randy Rhoads sem falar de uma de suas mais belas criações, "Crazy Train":


R.I.P Randy.

16.3.12

Metal Open Air

Via notícias esporádicas, mas confesso que não estava dando muita bola para esse festival. O metal não é a minha praia, mas esse evento foi ganhando corpo e proporções cada vez maiores, a cada banda escalada. Vai ser daqui a pouco mais de um mês, em São Luís do Maranhão. O nordeste vai ter três dias de muito metal e bandas como Megadeth, Anthrax, Fear Factory, Anvil, Matanza e Motorocker prometem colocar o Parque Independência abaixo. Que esse festival sirva de exemplo a empresários que ainda não se ligaram que o rock gera renda e lota estádios e parques aqui no Brasil, para que cada vez mais tenhamos eventos de grande porte por aqui (SWU, Lollapalooza, RIR). Só pra ter noção do tamanho do festival, segue o lineup:


Festival esse que já tem o seu hino. Trata-se da faixa "At M.O.A." do Shaman. Segue para audição:



Ah, antes que eu esqueça: A grande sacada da produção, além das bandas em si, foi na escolha do Apresentador oficial. Ter o Charlie Sheen só apresentando as bandas é uma atração por si só.

13.3.12

Rock da vez [7]

Como bem já falei por aqui, as compilações de certas bandas clássicas têm me ajudado a conhecer mais o estilo de cada uma delas. Bandas como Queen, Rush e Blur passaram a fazer mais parte da minha trilha sonora graças a isso. E dessa vez a banda é o Aerosmith. Nunca fui muito inclinado a curtir essa banda, mas depois que baixei o "O, Yeah! Ultimate Aerosmith Hits", CD duplo de 2002 com clássicos da banda (outro dia falarei mais sobre ele) tenho prestado mais atenção nela. Mas o mais surpreendente disso é que o rock da vez é uma música que eu já conhecia e não curtia, e agora sua frase repetitiva ("Janies's Got a Gun/Janies's Got a Gun") fica na cabeça. O baixo tem a sonoridade e o destaque característicos dos anos 80. A evolução da faixa é muito boa também. Enfim, é a música da semana. Segue:


7.3.12

NME e suas listas


Dessa vez, a publicação resolveu listar os refrões mais "explosivos" da história. Não sei bem que critérios os caras utilizaram aí, mas acredito que a verdadeira intenção era realizar uma listagem aleatória de músicas do eixo Reino Unido - EUA, e o editor acabou confundindo na hora de publicar. Pros curiosos, segue a lista no link abaixo:

4.3.12

A_rocknews [36] com Novo Single! [5]

Nesses últimos dias, nada demais ocorreu por aí, a não ser rumores de dois álbuns novos pra logo. O já nomeado "Clockwork Angels", do Rush, sairá em maio, ao que tudo indica. De gravadora nova - Roadrunner -, o trio canadense está preparando também um livro sobre o álbum, escrito por Kevin J. Anderson, autor de ficção científica. A suspeita de que os caras estavam esperando a conclusão do livro pra lançar o álbum em conjunto foi descartada. Com isso, logo teremos trabalho novo do Rush, com produção da própria banda, e de Nick Raskulinecz. "Caravan" já foi lançado ano passado como primeiro single do álbum, ouvi agora a pouco e curti. Segue para audição abaixo, com a capa do single:


***


Por falar em lançamento, os caras do Scars on Broadway estão dando indícios do lançamento de um CD de estúdio pra esse ano. Pra quem não sabe, o SOB é uma banda alternativa de Daron Malakian e John Dolmayan, guitarrista e baterista do System of a Down, respectivamente. O CD homônimo, lançado em 2008, já foi comentado por aqui, e portanto, a expectativa no novo álbum (até certo ponto, uma surpresa, por causa do retorno do SOAD) é grande. O site da banda foi atualizado, e tem um trecho de música inédita, que é bem animador por sinal.

Boas notícias pra esse ano, que promete no quesito shows por aqui, mas em lançamentos ainda tá engatinhando.

***

E seguindo a tática dos Best of's, que já teve sua eficácia comprovada aqui, sigo agora ouvindo Queen e Raul Seixas, e já tenho engatilhado um Aerosmith pra mais tarde.

28.2.12

Resenha: In Utero (Nirvana)

Pouco tenho falado do Nirvana aqui, mas essa foi a primeira banda que eu realmente curti, alguns anos atrás. Muitos adolescentes já saíram por aí entoando "Smells like", "Come as you are", entre outras. Eu tive a minha vez. E esse álbum em especial, acho que posso fazer uma breve resenha, pois comprei ele quando tinha uns 12~13 anos, depois de ganhar e curtir o póstumo "From the Muddy Banks of the Wishkah". Ou seja, já ouvi ele algumas vezes e conheço-o razoavelmente bem. O terceiro -e último- álbum de estúdio manteve o bom nível de produção de "Nevermind" mas claro, não obteve o mesmo êxito comercial.

O álbum e sua arte

"Serve the Servants" tem uma boa atmosfera pra iniciar o álbum, um certo peso, e uma boa composição de guitarra e linhas de baixo que acompanham muito bem a faixa. Depois de uma boa introdução, a segunda faixa é uma pancada. "Scentless Apprentice" tem uma bateria marcante desde sua intro até a entrada ao refrão, que cai num berro de 'Go away!' marcante de Kurt. Baixo e guitarra, com muita distorção, seguem a mesma linha, novamente. Aí depois vem a queridinha do álbum, a mais bem aceita comercialmente. Bem mais melódica, um pouco mais lenta, e com um grande refrão, "Heart-Shaped Box" já prende a atenção do ouvinte desde seus primeiros acordes. A polêmica do álbum gira em torno de "Rape Me". Só o título da faixa 4 é o suficiente pra tal predicado à faixa. Alheio a isso, essa canção apresenta uma boa composição, uma música com instrumental pesado, vocal mais leve, mas que tem seu gran finale com os berros de Kurt novamente. "Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seattle" é uma de minhas preferidas. Muita distorção novamente, e um grande refrão, é o que basta para que o ouvinte já se sinta completamente vontade com a atmosfera do disco. Na pilha do peso das faixas anteriores, somo surpreendidos com uma ducha d'água fria com "Dumb", faixa bem mais lenta - lembrando até certo ponto a cultuada "Polly" - , que aliás cai num momento oportuno da audição. Após "Very Ape" (rápida e rasteira), a banda nos apresenta os acordes e a intro sem nexo de "Milk It", que é razoavelmente estranha de cara, mas possui um refrão potente. Depois, temos o privilégio de ouvir "Pennyroyal Tea", tão apelativa quanto "Heart-Shaped Box", possuindo versão marcante no Unplugged do ano seguinte. O "solo" de guitarra - raro pro Nirvana - marca e a finaleira da faixa, ficando calma e baixa, ficou muito boa. "Radio Friendly Unit Shifter" tem boa bateria, mas não tem tanto destaque, assim como "tourette's", faixa de 1:35, que se resume a duas palavras: peso e grito. Pra finalizar, um das grandes faixas de toda a discografia de Kurt, Krist, e Dave: "All Apologies" tem uma atmosfera incrível, um estilo marcante, e os acordes iniciais fazem muito sucesso até os dias de hoje. Pra quem não comprou o álbum dos EUA (meu caso), ainda tem "Gallons of Rubbing Alcohol Flow Through the Strip", faixa escondida, que foi gravada no Brasil (isso mesmo), e que é totalmente dispensável.  Até hoje não me empolguei com ela, êta música estranha essa. O Kurt devia estar bem "legalzão" quando gravou essa aí, ainda mais no Rio de Janeiro. Segue abaixo um dos destaques do álbum, em uma grande apresentação do Nirvana:


24.2.12

Novo Single! [4] Mas vamos trabalhar, pessoal?

Nenhuma novidade de muito destaque essa semana, além do anúncio do show do Blur no Hyde Park, fazendo parte das festividades de encerramento das olimpíadas de Londres, no meio do ano. Os britânicos, que retornaram aos palcos - em sua formação original - em 2009, até agora pouco serviço têm mostrado. Bom, parece que foi virar o ano, e o quarteto resolveu se mexer. Se apresentaram no Brit Awards, tão tocando música inédita ("Under the Westway") por aí e parece que fim do ano tem álbum de inéditas nas prateleiras por aí. É animador, mas é vago ainda, não dá de por muita fé.

Outra banda sumida por aí é o Offspring. Fuçando por aí, descobri que ele tá escalado pra tocar no Rock in Rio Lisboa. Soube-se também que Dexter Holand e cia. estavam ano passado em estúdio pra gravar material novo. Mas isso já faz dez meses, e nada.

E Josh Homme, Joey Castillo e sua turma? O Queens of the Stone Age só lança comentários ao vento, indicando que algo sai esse ano, mas não temos nada de muito concreto. Já se vão cinco anos desde "Era Vulgaris", e a banda parece que não tem pressa de lançar algo novo ainda.

Enquanto esses preguiçosos aí curtem umas "férias", outros voltam a trabalhar. Ouvi hoje o single (bem tardio) novo do Van Halen e curti. Boa música, essa "Tattoo". Não foi uma das raras músicas que me empolgou de primeira, mas vale a audição.



Outro som bacana que ouvi hoje foi o novo do Mark Lannegan, voz marcante em alguns discos do QOTSA, e ex-Screaming Trees também, está com trabalho solo. "The Gravedigger's Song" já mexeu com minha curiosidade de ouvir o restante de seu trabalho solo. Fica a dica aí:



20.2.12

Bandas Coloridas + Banda Indefinida

Sempre curti bandas coloridas.

Tá certo meu amigo, tá certo.
Essa veio do Insoônia.


***

E um breve comentário sobre a noticia destaque da semana passada. Parece que é mesmo real a possibilidade de o Guns n' Roses tocar com sua formação original e clássica na cerimônia de entrada ao Rock and Roll Hall of Fame. Bacana, bacana, e só: o tempo de esperança de um retorno de Slash e cia. a banda já foi. Não acreditava e nem creio muito nesse show de "reunião", mas Duff confirmou presença. Ainda não creio nem um pouco na reunião da banda em si. E se ela acontecer, nem me empolgo muito mais, a carreira solo do Slash vai bem, e torço pra um desfecho positivo quanto ao Velvet Revolver, que busca seu vocalista ainda. 

16.2.12

Nota 10!

Bela resposta, campeão.


Resposta completa, o cidadão colocou até o símbolo, oras.


Essa aí nem sei onde achei direito, foi essa semana, de bobeira nas interwebs.

15.2.12

God Save The "The Best Of"'s!

E o pior é que isso ajuda de verdade. Compilações e Coletâneas foram as melhores invenções da indústria fonográfica. Por um lado, se eu conheço uma banda e toda sua discografia, dou pouco valor a esse tipo de trabalho, salve suas tradicionais faixas bônus, que geralemente são inéditas. Porém, considero as coletâneas a melhor forma de se conhecer um artista, pelo menos para tirar uma primeira impressão. Claro que sei que um "The Best Of" não quer dizer nada de uma banda, muitas vezes seus melhores trabalhos estão escondidos em um b-side ou em um bootleg, mas um "Best of" tem lá sua importância, e eu to valorizando isso. Dessa forma, se eu gosto do "The Best Of" (quando ele existe) parto pra discografia da banda geralmente.

E acho que logo partirei para esse nível de interesse com duas bandas em especial. Essa semana está sendo dedicada a praticamente essas duas bandas que são diferentes e várias questões. Onde? Quando? O que?  To ouvindo os "Best of" de Blur e Rush. Isso mesmo. Reino Unido x Canadá. 70's x 90's. Britpop x Progrock (será mesmo?). Bandas totalmente diferentes, mas que ao mesmo tempo têm dividido minha atenção.

Os caras mandam muito bem, realmente

Já sinalizei anteriormente aqui sobre o Rush, quando escutava apenas YYZ, Cold Fire, Xanadu e Superconductor, faixas essas ausentes da coletânea que ando escutando. O estilo dos canadenses confesso, não me agradou de primeira, mas a qualidade musical de Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart é indiscutível. A coletânea que baixei (prenda-me se for capaz) não é oficial, mas é bem similar à "The Spirit of Radio: Greatest Hits 1974-1987", de 2003. Grandes clássicos como "Fly By Night", "Closer To The Heart" e "Tom Sawyer" estão em ambos os discos. Mas nesse tempo, já consigo destacar duas canções dessa coletânea. "Working Men" e "2112 Overture/The Temples of Syrinx" merecem muita atenção e são alguns dos "Rock's da vez" da semana.

Muito mais que apenas "Song 2", mas muito mesmo

Cruzando o atlântico e chegando à terra da Rainha, voltamos vinte anos no tempo com músicas entre 1990 e 2000, época de maior produtividade de Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree. Depois ainda lançaram "Think Tank" e pararam. Em 2009 se juntaram novamente, fizeram um show memorável em Hyde Park, lançaram um single e até agora mais nenhuma novidade. O "Best of Blur" conta com sucessos já conhecidos por mim anteriormente, como "Song 2" (quem jogava FIFA 98 já ouviu essa hauhahauh), "The Universal", "Girls & Boys" e "For Tomorrow" (refrão pegajoso). Mas, prestando mais atenção em todo o CD, noto outras grandes canções, a começar por "Beetlebum", "End of a Century", "Tender" (outro refrão grudento) e "Charmless Man".

Já vi que terei mais algumas músicas de Rush e Blur pra ficar na cabeça por alguns dias mais. E quem disse que isso é ruim? Enquanto isso, segue vídeos com destaques dessas duas bandas:





12.2.12

A_rocknews [35]

Dessa vez é só uma nova, mas vale por muitas. A novela Black Sabbath está longe de um fim, pelo jeito. Após o problema com Iommi, tinha lido apenas a "manchete" - não tinha tempo - de que Bill Ward poderia não participar da reunião. Como não li a notícia completa em um primeiro momento, logo pensei que o motivo para que isso não acontecesse fosse sua condição física, já que todos sabem que Bill Ward é o menos "inteiro" do quarteto e tal. Depois de praticamente confirmada a saída, aí sim fui ler a matéria, e isso se tornou um tanto quanto decepcionante. Como assim, famigerados contratempos contratuais impedindo a realização de um momento histórico como esse, em sua totalidade? Ward está no seu direito, se realmente se sentiu prejudicado e principalmente pouco valorizado pelos outros membros. Mas realmente, é muito triste saber que esse tipo de coisa ainda gera conflitos entre quatro músicos consolidados, tanto em suas carreiras, quanto em suas vidas pessoais. Até parece que todos têm seus vinte e tantos anos e acabaram de atingir o estrelato com um tal segundo disco de sucesso com um porco de guerra na capa. Ano passado foi bom, mas já foi meio estranho conferir os Red Hot Chili Peppers sem John Frusciante. Agora, minha vontade de assistir um show da "reunião" (se uma turnê viesse pra cá também) diminui bastante com a ausência do baterista original. Vinny Appice está cotado pra assumir as baquetas. Se for pra haver um substituto, essa seria uma boa escolha mesmo, por já ter tocado na banda algumas vezes, principalmente nos tempos do Dio. Mas não será a mesma coisa, não será mais a "reunião esperada", aquele dia 11-11-11 não é mais tão histórico assim. É um pouquiiinho menos.

E agora? Será um dos dois o dono das baquetas?

Culpa dessa notícia, fiquei com vontade de ouvir Heaven and Hell agora. E que venha o Black Sabbath com trabalho novo logo, seja com Appice, seja com Ward.

11.2.12

8 exemplos que me levam a crer que a década de 90 foi foda


Os anos 90 sempre foram os meus preferidos, quando estou me referindo à cultura popular. Possivelmente isso se deve ao fato de que minha infância se passou nesse período. O que me leva a desacreditar nessa hipótese é que o período que eu tenho melhor lembrança, é o fim dessa década, quando já era evidente o caos que viria nos anos 2000. Passei muitas tardes de domingo na frente da TV assistindo ao Gugu/Faustão apresentando seu rodízio de grupos de pagode, quando estavam em seu auge. Os tempos passaram, conheci melhor a música, e mesmo assim, ainda não me desapeguei dos 90's. Pra fundamentar essa minha ideia, segue abaixo uma relação de algumas boas bandas que tiveram destaque na década retrasada:

Oasis - Os britânicos surgem lá nos primeiros anos, sendo o carro-chefe do britpop ao lado do Blur, só que notavelmente os irmãos Gallagher fazem mais sucesso que Damon Albarn e cia."(What's the Story) Morning Glory?" representa o auge dos caras, com sucessos como "Don't Look Back in Anger", "Champagne Supernova" e claro, "Wonderwall".




Nirvana - A primeira metade da década foi praticamente do trio de Seattle. Não tem como falar dos anos 90 sem falar de Nirvana e Nevermind. "Smells Like Teen Spirit" e "Come as You Are" são hinos da época, além de que o álbum acústico, lançado após a morte de Cobain, é único, uma apresentação histórica.




Pearl Jam - "Ten", além de contar com sucessos incontestáveis como "Even Flow", "Alive", "Oceans" e "Black", logo de cara Eddie Vedder e cia. apresentam "Jeremy" quiçá minha faixa favorita. Dentre essas bandas da relação, acredito que o PJ tenha construído o melhor debut album.




Rage Against the Machine - O RATM sustentou por um bom tempo uma geração apoiada no grunge e que praticamente teve sua dissolução em 1994. Suas críticas de impacto social levaram milhares de jovens carentes de um rock de peso saírem entoando os versos de clássicos como "Killing In The Name", "Gerrilla Radio" e "Bulls on Parade". O meu destaque vai para "Freedom".




Green Day - A década começou a ser do trio apartir de "Dookie", que traz inúmeros sucessos as paradas. "Longview", "Welcome to Paradise", "She", "When I Com Around", "Basket Case" (óbvio) foram executadas exaustivamente nas rádios e na MTV. Em 1997, "Nimrod" dá um novo gás à essa banda que, apesar de ter estourado novamente em 2004 com "American Idiot" pra mim nunca mais repetiu a qualidade da época anterior.




Offspring - Outra banda símbolo dos anos 90, o Offpring praticamente sumiu nos 2000's. Fazendo seu maior sucesso no final da década, Dexter Holland e sua turma trouxeram ao mundo o aclamado "Americana", álbum de 1998 com inúmeros sucessos. "Conspiracy of One", de 2000 (ainda de 90!) parece ter sido um suspiro do que restou do sucesso anterior, e mesmo assim ainda obteve êxito.




Raimundos - Símbolo do rock nacional, bastou virar o ano/década/século/milênio para praticamente se dissolver. Álbuns como "Lavô Tá Novo" e claro, "Só No Forevis", renderam a banda o "título" de maior sucesso comercial no Brasil na década. Hoje em dia, estão na ativa, mas sem o mesmo brilho de outros tempos, o que para muitos se deve a ausência de Rodolfo Abrantes nos vocais.




Red Hot Chili Peppers - Na estrada a quase 10 anos quando virou a década, os Peppers só estouraram mundialmente em 1991. "Blood Sugar Sex Magik", colocou o quarteto californiano na vitrine musical a nível mundial. Depois de passar por turbulências, 8 anos depois os caras lançam "Californication" com sucesso igual, senão superior, ao de 91. Apesar de ter sido bastante criticado, "One Hot Minute" de 1995, também merece seu destaque, aprecio muito esse álbum.