28.2.12

Resenha: In Utero (Nirvana)

Pouco tenho falado do Nirvana aqui, mas essa foi a primeira banda que eu realmente curti, alguns anos atrás. Muitos adolescentes já saíram por aí entoando "Smells like", "Come as you are", entre outras. Eu tive a minha vez. E esse álbum em especial, acho que posso fazer uma breve resenha, pois comprei ele quando tinha uns 12~13 anos, depois de ganhar e curtir o póstumo "From the Muddy Banks of the Wishkah". Ou seja, já ouvi ele algumas vezes e conheço-o razoavelmente bem. O terceiro -e último- álbum de estúdio manteve o bom nível de produção de "Nevermind" mas claro, não obteve o mesmo êxito comercial.

O álbum e sua arte

"Serve the Servants" tem uma boa atmosfera pra iniciar o álbum, um certo peso, e uma boa composição de guitarra e linhas de baixo que acompanham muito bem a faixa. Depois de uma boa introdução, a segunda faixa é uma pancada. "Scentless Apprentice" tem uma bateria marcante desde sua intro até a entrada ao refrão, que cai num berro de 'Go away!' marcante de Kurt. Baixo e guitarra, com muita distorção, seguem a mesma linha, novamente. Aí depois vem a queridinha do álbum, a mais bem aceita comercialmente. Bem mais melódica, um pouco mais lenta, e com um grande refrão, "Heart-Shaped Box" já prende a atenção do ouvinte desde seus primeiros acordes. A polêmica do álbum gira em torno de "Rape Me". Só o título da faixa 4 é o suficiente pra tal predicado à faixa. Alheio a isso, essa canção apresenta uma boa composição, uma música com instrumental pesado, vocal mais leve, mas que tem seu gran finale com os berros de Kurt novamente. "Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seattle" é uma de minhas preferidas. Muita distorção novamente, e um grande refrão, é o que basta para que o ouvinte já se sinta completamente vontade com a atmosfera do disco. Na pilha do peso das faixas anteriores, somo surpreendidos com uma ducha d'água fria com "Dumb", faixa bem mais lenta - lembrando até certo ponto a cultuada "Polly" - , que aliás cai num momento oportuno da audição. Após "Very Ape" (rápida e rasteira), a banda nos apresenta os acordes e a intro sem nexo de "Milk It", que é razoavelmente estranha de cara, mas possui um refrão potente. Depois, temos o privilégio de ouvir "Pennyroyal Tea", tão apelativa quanto "Heart-Shaped Box", possuindo versão marcante no Unplugged do ano seguinte. O "solo" de guitarra - raro pro Nirvana - marca e a finaleira da faixa, ficando calma e baixa, ficou muito boa. "Radio Friendly Unit Shifter" tem boa bateria, mas não tem tanto destaque, assim como "tourette's", faixa de 1:35, que se resume a duas palavras: peso e grito. Pra finalizar, um das grandes faixas de toda a discografia de Kurt, Krist, e Dave: "All Apologies" tem uma atmosfera incrível, um estilo marcante, e os acordes iniciais fazem muito sucesso até os dias de hoje. Pra quem não comprou o álbum dos EUA (meu caso), ainda tem "Gallons of Rubbing Alcohol Flow Through the Strip", faixa escondida, que foi gravada no Brasil (isso mesmo), e que é totalmente dispensável.  Até hoje não me empolguei com ela, êta música estranha essa. O Kurt devia estar bem "legalzão" quando gravou essa aí, ainda mais no Rio de Janeiro. Segue abaixo um dos destaques do álbum, em uma grande apresentação do Nirvana:


24.2.12

Novo Single! [4] Mas vamos trabalhar, pessoal?

Nenhuma novidade de muito destaque essa semana, além do anúncio do show do Blur no Hyde Park, fazendo parte das festividades de encerramento das olimpíadas de Londres, no meio do ano. Os britânicos, que retornaram aos palcos - em sua formação original - em 2009, até agora pouco serviço têm mostrado. Bom, parece que foi virar o ano, e o quarteto resolveu se mexer. Se apresentaram no Brit Awards, tão tocando música inédita ("Under the Westway") por aí e parece que fim do ano tem álbum de inéditas nas prateleiras por aí. É animador, mas é vago ainda, não dá de por muita fé.

Outra banda sumida por aí é o Offspring. Fuçando por aí, descobri que ele tá escalado pra tocar no Rock in Rio Lisboa. Soube-se também que Dexter Holand e cia. estavam ano passado em estúdio pra gravar material novo. Mas isso já faz dez meses, e nada.

E Josh Homme, Joey Castillo e sua turma? O Queens of the Stone Age só lança comentários ao vento, indicando que algo sai esse ano, mas não temos nada de muito concreto. Já se vão cinco anos desde "Era Vulgaris", e a banda parece que não tem pressa de lançar algo novo ainda.

Enquanto esses preguiçosos aí curtem umas "férias", outros voltam a trabalhar. Ouvi hoje o single (bem tardio) novo do Van Halen e curti. Boa música, essa "Tattoo". Não foi uma das raras músicas que me empolgou de primeira, mas vale a audição.



Outro som bacana que ouvi hoje foi o novo do Mark Lannegan, voz marcante em alguns discos do QOTSA, e ex-Screaming Trees também, está com trabalho solo. "The Gravedigger's Song" já mexeu com minha curiosidade de ouvir o restante de seu trabalho solo. Fica a dica aí:



20.2.12

Bandas Coloridas + Banda Indefinida

Sempre curti bandas coloridas.

Tá certo meu amigo, tá certo.
Essa veio do Insoônia.


***

E um breve comentário sobre a noticia destaque da semana passada. Parece que é mesmo real a possibilidade de o Guns n' Roses tocar com sua formação original e clássica na cerimônia de entrada ao Rock and Roll Hall of Fame. Bacana, bacana, e só: o tempo de esperança de um retorno de Slash e cia. a banda já foi. Não acreditava e nem creio muito nesse show de "reunião", mas Duff confirmou presença. Ainda não creio nem um pouco na reunião da banda em si. E se ela acontecer, nem me empolgo muito mais, a carreira solo do Slash vai bem, e torço pra um desfecho positivo quanto ao Velvet Revolver, que busca seu vocalista ainda. 

16.2.12

Nota 10!

Bela resposta, campeão.


Resposta completa, o cidadão colocou até o símbolo, oras.


Essa aí nem sei onde achei direito, foi essa semana, de bobeira nas interwebs.

15.2.12

God Save The "The Best Of"'s!

E o pior é que isso ajuda de verdade. Compilações e Coletâneas foram as melhores invenções da indústria fonográfica. Por um lado, se eu conheço uma banda e toda sua discografia, dou pouco valor a esse tipo de trabalho, salve suas tradicionais faixas bônus, que geralemente são inéditas. Porém, considero as coletâneas a melhor forma de se conhecer um artista, pelo menos para tirar uma primeira impressão. Claro que sei que um "The Best Of" não quer dizer nada de uma banda, muitas vezes seus melhores trabalhos estão escondidos em um b-side ou em um bootleg, mas um "Best of" tem lá sua importância, e eu to valorizando isso. Dessa forma, se eu gosto do "The Best Of" (quando ele existe) parto pra discografia da banda geralmente.

E acho que logo partirei para esse nível de interesse com duas bandas em especial. Essa semana está sendo dedicada a praticamente essas duas bandas que são diferentes e várias questões. Onde? Quando? O que?  To ouvindo os "Best of" de Blur e Rush. Isso mesmo. Reino Unido x Canadá. 70's x 90's. Britpop x Progrock (será mesmo?). Bandas totalmente diferentes, mas que ao mesmo tempo têm dividido minha atenção.

Os caras mandam muito bem, realmente

Já sinalizei anteriormente aqui sobre o Rush, quando escutava apenas YYZ, Cold Fire, Xanadu e Superconductor, faixas essas ausentes da coletânea que ando escutando. O estilo dos canadenses confesso, não me agradou de primeira, mas a qualidade musical de Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart é indiscutível. A coletânea que baixei (prenda-me se for capaz) não é oficial, mas é bem similar à "The Spirit of Radio: Greatest Hits 1974-1987", de 2003. Grandes clássicos como "Fly By Night", "Closer To The Heart" e "Tom Sawyer" estão em ambos os discos. Mas nesse tempo, já consigo destacar duas canções dessa coletânea. "Working Men" e "2112 Overture/The Temples of Syrinx" merecem muita atenção e são alguns dos "Rock's da vez" da semana.

Muito mais que apenas "Song 2", mas muito mesmo

Cruzando o atlântico e chegando à terra da Rainha, voltamos vinte anos no tempo com músicas entre 1990 e 2000, época de maior produtividade de Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree. Depois ainda lançaram "Think Tank" e pararam. Em 2009 se juntaram novamente, fizeram um show memorável em Hyde Park, lançaram um single e até agora mais nenhuma novidade. O "Best of Blur" conta com sucessos já conhecidos por mim anteriormente, como "Song 2" (quem jogava FIFA 98 já ouviu essa hauhahauh), "The Universal", "Girls & Boys" e "For Tomorrow" (refrão pegajoso). Mas, prestando mais atenção em todo o CD, noto outras grandes canções, a começar por "Beetlebum", "End of a Century", "Tender" (outro refrão grudento) e "Charmless Man".

Já vi que terei mais algumas músicas de Rush e Blur pra ficar na cabeça por alguns dias mais. E quem disse que isso é ruim? Enquanto isso, segue vídeos com destaques dessas duas bandas:





12.2.12

A_rocknews [35]

Dessa vez é só uma nova, mas vale por muitas. A novela Black Sabbath está longe de um fim, pelo jeito. Após o problema com Iommi, tinha lido apenas a "manchete" - não tinha tempo - de que Bill Ward poderia não participar da reunião. Como não li a notícia completa em um primeiro momento, logo pensei que o motivo para que isso não acontecesse fosse sua condição física, já que todos sabem que Bill Ward é o menos "inteiro" do quarteto e tal. Depois de praticamente confirmada a saída, aí sim fui ler a matéria, e isso se tornou um tanto quanto decepcionante. Como assim, famigerados contratempos contratuais impedindo a realização de um momento histórico como esse, em sua totalidade? Ward está no seu direito, se realmente se sentiu prejudicado e principalmente pouco valorizado pelos outros membros. Mas realmente, é muito triste saber que esse tipo de coisa ainda gera conflitos entre quatro músicos consolidados, tanto em suas carreiras, quanto em suas vidas pessoais. Até parece que todos têm seus vinte e tantos anos e acabaram de atingir o estrelato com um tal segundo disco de sucesso com um porco de guerra na capa. Ano passado foi bom, mas já foi meio estranho conferir os Red Hot Chili Peppers sem John Frusciante. Agora, minha vontade de assistir um show da "reunião" (se uma turnê viesse pra cá também) diminui bastante com a ausência do baterista original. Vinny Appice está cotado pra assumir as baquetas. Se for pra haver um substituto, essa seria uma boa escolha mesmo, por já ter tocado na banda algumas vezes, principalmente nos tempos do Dio. Mas não será a mesma coisa, não será mais a "reunião esperada", aquele dia 11-11-11 não é mais tão histórico assim. É um pouquiiinho menos.

E agora? Será um dos dois o dono das baquetas?

Culpa dessa notícia, fiquei com vontade de ouvir Heaven and Hell agora. E que venha o Black Sabbath com trabalho novo logo, seja com Appice, seja com Ward.

11.2.12

8 exemplos que me levam a crer que a década de 90 foi foda


Os anos 90 sempre foram os meus preferidos, quando estou me referindo à cultura popular. Possivelmente isso se deve ao fato de que minha infância se passou nesse período. O que me leva a desacreditar nessa hipótese é que o período que eu tenho melhor lembrança, é o fim dessa década, quando já era evidente o caos que viria nos anos 2000. Passei muitas tardes de domingo na frente da TV assistindo ao Gugu/Faustão apresentando seu rodízio de grupos de pagode, quando estavam em seu auge. Os tempos passaram, conheci melhor a música, e mesmo assim, ainda não me desapeguei dos 90's. Pra fundamentar essa minha ideia, segue abaixo uma relação de algumas boas bandas que tiveram destaque na década retrasada:

Oasis - Os britânicos surgem lá nos primeiros anos, sendo o carro-chefe do britpop ao lado do Blur, só que notavelmente os irmãos Gallagher fazem mais sucesso que Damon Albarn e cia."(What's the Story) Morning Glory?" representa o auge dos caras, com sucessos como "Don't Look Back in Anger", "Champagne Supernova" e claro, "Wonderwall".




Nirvana - A primeira metade da década foi praticamente do trio de Seattle. Não tem como falar dos anos 90 sem falar de Nirvana e Nevermind. "Smells Like Teen Spirit" e "Come as You Are" são hinos da época, além de que o álbum acústico, lançado após a morte de Cobain, é único, uma apresentação histórica.




Pearl Jam - "Ten", além de contar com sucessos incontestáveis como "Even Flow", "Alive", "Oceans" e "Black", logo de cara Eddie Vedder e cia. apresentam "Jeremy" quiçá minha faixa favorita. Dentre essas bandas da relação, acredito que o PJ tenha construído o melhor debut album.




Rage Against the Machine - O RATM sustentou por um bom tempo uma geração apoiada no grunge e que praticamente teve sua dissolução em 1994. Suas críticas de impacto social levaram milhares de jovens carentes de um rock de peso saírem entoando os versos de clássicos como "Killing In The Name", "Gerrilla Radio" e "Bulls on Parade". O meu destaque vai para "Freedom".




Green Day - A década começou a ser do trio apartir de "Dookie", que traz inúmeros sucessos as paradas. "Longview", "Welcome to Paradise", "She", "When I Com Around", "Basket Case" (óbvio) foram executadas exaustivamente nas rádios e na MTV. Em 1997, "Nimrod" dá um novo gás à essa banda que, apesar de ter estourado novamente em 2004 com "American Idiot" pra mim nunca mais repetiu a qualidade da época anterior.




Offspring - Outra banda símbolo dos anos 90, o Offpring praticamente sumiu nos 2000's. Fazendo seu maior sucesso no final da década, Dexter Holland e sua turma trouxeram ao mundo o aclamado "Americana", álbum de 1998 com inúmeros sucessos. "Conspiracy of One", de 2000 (ainda de 90!) parece ter sido um suspiro do que restou do sucesso anterior, e mesmo assim ainda obteve êxito.




Raimundos - Símbolo do rock nacional, bastou virar o ano/década/século/milênio para praticamente se dissolver. Álbuns como "Lavô Tá Novo" e claro, "Só No Forevis", renderam a banda o "título" de maior sucesso comercial no Brasil na década. Hoje em dia, estão na ativa, mas sem o mesmo brilho de outros tempos, o que para muitos se deve a ausência de Rodolfo Abrantes nos vocais.




Red Hot Chili Peppers - Na estrada a quase 10 anos quando virou a década, os Peppers só estouraram mundialmente em 1991. "Blood Sugar Sex Magik", colocou o quarteto californiano na vitrine musical a nível mundial. Depois de passar por turbulências, 8 anos depois os caras lançam "Californication" com sucesso igual, senão superior, ao de 91. Apesar de ter sido bastante criticado, "One Hot Minute" de 1995, também merece seu destaque, aprecio muito esse álbum.




6.2.12

Do Twitter

Com vocês, alguns 'tuítes' engraçados (ou não) que têm uma leve ligação com o nosso rock, que circulam por aí:









Boa semana awe \,,/_

2.2.12

Novo Single! [3] Em doses nada homeopáticas

Semana agitada essa, alguns singles novos.

Pra começar, mais um dos Peppers. Os californianos lançaram o compacto para "Look Around", som com cara de single mesmo, mas ainda espero mais umas duas faixas. Parece que além dessa, que já toca por aqui exaustivamente, teremos "Did I Let You Know" lançada exclusivamente para o Brasil. Parece que a grande maioria do nosso povo curtiu essa, só eu que não fui convencido. Voltando a "Look Around", o clipe é muito bem produzido, o melhor dos três de "I'm With You" até agora na minha opinião.




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Continuando, temos canção nova da incançavel UFO na parada. Trata-se de "Fight Night", do novo álbum "Seven Deadly Sins", que será lançado mês que vem. Boa canção, os britânicos mantém a mesma pegada de 40 anos nessa nova canção, dá gosto ouvir essas guitarras. Pra ouvir, é aqui, pois essa não tem videoclipe por enquanto (pelo menos não achei). Segue a capa do novo CD:

Eu curti.
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Os Foo Fighters lançaram "These Days", música essa que Dave Grohl considera sua favorita desse novo trabalho. O clipe conta com imagens de shows na Oceania só por motivo de preguiça. O que vale é a canção mesmo, baita música essa, ótima escolha pra vender em single. Segue o vídeo:



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E por último, mas não menos importante, escutei a nova do The Cult. "Lucifer", faz parte de "Choice of Weapon", álbum de 10 faixas que será lançado em maio. Os vocais marcantes de Ian Astbury voltam ao Cult após cinco anos, e em alto estilo. Para ouvir essa, clique aqui. Outra sem clipe ainda, isso se for produzido um, pois essa não é single ainda. Do lado, a bunichinha capa do novo álbum.



Mas por hoje, isso é tudo pessoal!