30.4.11

Cachorro Grande

Meu primeiro show do ano. Sim. Estamos quase em maio, e o primeiro show foi esse. Mas só posso dizer que os próximos meses serão muito bons.

Brincadeiras com nome de música à parte, esse meu primeiro show mostrou que o que virá no resto do ano é muito bom. Foi muito animador. À exemplo do SWU, fui sozinho, eu e eu mesmo, no Bovary Snooker Pub. Ano passado perdi a apresentação deles exatamente por esse motivo, e dessa vez não queria perder por nada. Não sou um completo viciado na banda, mas conheço algumas músicas, e ultimamente tenho escutado bastante. Depois de perder o show do ano passado, ouvir "Você não sabe o que perdeu" virou tortura pra mim.


E foi exatemente essa música que abriu o show. A música que eu considero uma das melhores do rock nacional, aquela que serve pra agitar mesmo. É aquela música rápida, agitada, com ótimos (apesar de curtos) solos de guitarra. Enfim, é uma boa pedida pra começar o show. A apresentação seguiu com clássicas como "Hey Amigo", "Que Loucura" (uma de minhas preferidas), e "Desentoa", a que me fez conhecer e me interessar pela banda. Dai pra frente vieram outros sucessos como "Roda Gigante", "Conflitos Existenciais", "Deixa Fudê", "A Hora do Brasil", "Bom Brasileiro", "As Próximas Horas Serão Muito Boas", "O Que Você Tem", "Sinceramente", "Dia Perfeito", "Sexperienced", entre outras mais. O atraso dos caras (de praxe pra qualquer banda) foi muito bem compensado, podemos dizer. Eu esperava coisas muito boas do show, e eles me surpreenderam positivamente. Beto Bruno agitou o público, Marcelo Gross & Cia mostraram porque a Cachorro Grande (isso mesmo, "a") está onde está hoje. Além disso, tocaram uma música inédita ontem, muito boa, logo vem CD novo por ai.

Fui como um forever alone pela segunda vez em algo do tipo e não me arrependo. Boa música não é todo dia que se tem. Claro que faltaram algumas preferidas da galera (leia-se minhas) como "Dance Agora", "Você Me Faz Continuar", "Agora Eu To Bem Louco", entre outras. Mas mesmo assim, valeu o investimento, Ô, se valeu. Grande show. Foi show de Cachorro Grande.

E a temporada de shows não para, semana que vem tem Matanza em Jaraguá do Sul, apresentando seu mais novo trabalho "Odiosa Natureza Humana", que eu andei escutando, e é muito bom, mantém a mesma pegada dos outros álbuns dos caras. Vamos com tudo lá ouvir um pouco mais do melhor do rock nacional na atualidade. Depois, aqui em Joinville teremos Raimundos em junho, quero ver como os caras estão, se o Rodolfo faz tanta falta assim, ou se os caras conseguiram adquirir uma identidade própria sem o frontman.

Dai pra frente, shows e grandes eventos a nivel nacional e internacional vão agitar nossa terrinha como nunca antes visto.

Pra quem estava na dúvida de ir no show de ontem e não foi, só posso dizer uma coisa: Você não sabe o que perdeu!

Por fim, feliz 2011 pra todos nós.

21.4.11

Rock da vez

Sempre existe aquela música que não sai da cabeça, que fica martelando por algum tempo e que você não consegue parar de escutar por alguns dias. E comigo não é diferente. Já tive vários casos assim antes, mas a partir de agora quero apresentar a música que não estiver desgrudando no momento.

A música do momento, ou, o rock da vez, vai para uma música que é um hino, muito premiada no ano do lançamento (2004), e que é marcante por seu riff, já considerado um dos mais grudentos da história do rock. Está aí, Seven Nation Army, da dupla The White Stripes, a música que essa semana não sai da minha cabeça, quando não estou ouvindo, estou cantanto, nem que seja em pensamento, ahuahau:



13.4.11

E cade o SWU?

Pois é, até agora nada.

Estamos a, aproximadamente, seis meses do que seria a data de início do SWU, e até agora nem um indício do que virá. Com a confirmação de Jay-z e Maná no Rock in Rio, fica difícil eu partir pra 'terra maravilhosa' pelas bandas de outubro. Isso porque o lineup tá quase fechado, e não consigo mais acreditar que uma banda de impacto entrará no RIR. Aí, como proceder? Esse ano não escapa, algum grande show internacional eu irei presenciar.

Depois que o System of a Down ganhou a votação popular para se apresentar no festival, até me animei, mas até agora nada. Existem rumores, até dos próprios membros da banda, de que eles viriam pra cá esse ano. Mas parece que a Cidade do Rock não é o destino do armenos. Outra banda que admiro, e que já confirmou sua presença, é o Foo Fighters. E o que andam dizendo por ai, é que eles recusaram o Rock in Rio por não serem headliners. Totalmente admissível isso, uma vez que os FF's têm porte para ser a estrela principal de uma noite, muito mais do que, por exemplo, o próprio Guns n' Roses hoje em dia, convenhamos.

Como Dave Grohl e companhia vem pra cá justamente na época do Rock in Rio e do SWU, surgiu o rumor de que eles poderiam tocar em Itú como headliners. O que seria uma grande idéia. Eu mesmo já estou pensando em ir no show solo deles ao invés do Rock in Rio. Outras duas bandas que já tiveram seus nomes ventilados para o lineup do SWU são o Alice in Chains e o Pearl Jam, duas Putas bandas, como diria o Boça. Mas isso tudo é só especulação até agora, infelizmente.

Além disso, tem muitas bandas boas passando com suas turnês pras bandas de cá esse ano, é bom ficar de olho.

Enfim, cada dia que passa, me sinto mais longe do Rio. Agora Itú, não sei nem se não vai passar despercebido esse ano, no meio de um megaevento de rock com Elton John, Jay-z, Rihanna e tudo mais.

O jeito é esperar.

8.4.11

Breve Review


Chego em casa, e eis que finalmente me deparo com o que estava esperando pra mais de semana. Vejo aquele papelão em cima da cama, abri com todo o cuidado do mundo, e já vou rasgando a capinha de plástico para olhar o encarte. A quanto tempo não tinha a sensação de comprar um CD (ou de ganhar).

Resolvi unir o útil ao agradável, quando descobri que o Queens of the Stone Age estava para relançar seu álbum "Debut", de 1998. Comprei, e não me arrependo, como em qualquer outra aquisição que eu tenha feito relacionada à música. Claro, eu já tinha esse álbum, na sua versão original, baixado. Mas não há nada igual à sensação de comprar um CD e curtir o encarte enquanto vai curtindo as músicas.

A primeira vez que escutei o QOTSA faz uns cinco anos. 'In my head' era disparada minha música preferida na trilha sonora de um jogo tal chamado 'Need For Speed Underground', o 2 até, se não me falha a memória. O tempo passou, e eu sofri calado, não deu pra tirar ela do pensamento, e meu conhecimento sobre a banda só se resumia a isso. Até que um certo dia, estava eu ocioso no youtube e resolvo ver o vídeo de uma tal música chamada 'Go with the flow'. Acredito que foi a única música até hoje que me deixou totalmente vidrado no som, a ponto de repetir várias vezes o mesmo vídeo, NA PRIMEIRA VEZ QUE OUVIA A MÚSICA. Nunca mais isso me aconteceu, com nenhuma outra banda. Daí pra frente foi só conhecer todo o repertório da banda e curtir a que foi considerada por muitos a melhor apresentação internacional no Brasil (tirando Paul McCartney, claro).

Sobre o CD. O Self-Titled relançado esse mês (remasterizado) começa com tudo: toda a pegada stoner presende na marcante "Regular John", onde a guitarra marca e o refrão martela na cabeça por algum tempo. Segue com "Avon", com muita pegada e belos solos de guitarra, e de bateria. "If only" marca pelo seu riff, logo nos primeiros acordes ela já ganha sua atenção. O álbum prossegue com "Walking on the sidewalks", "You would know" e aquela que até então era desconhecida pra mim. "The bronze" já foi apresentada várias vezes pela turma de Joshua Homme, mas nunca havia sido lançada oficialmente. Grande música essa. "How to handle a hope", tem a sua pegada, e segue a linha das músicas mais agitadas do primeiro álbum. "Mexicola" é a minha preferida do álbum, e uma das melhores de toda a carreira do Queens. A intro no baixo é marcante, bem como toda a composição do instrumento, que dita o ritmo de toda a música. "Hispanic Impressions" e "You can't quit me baby" são canções que mostram o que os próprios membros da banda definem como o 'stoner rock': melodias repetitivas, que fazem você viajar, sem necessidade de drogas ou alucinógenos. "These aren't the droids you're looking for", instrumental, curti à primeira passada, aqueles riffs repetitivos causam uma estranha calma. Voltando à pegada, à batida, ao Rock and Roll, temos a ótima "Give the mule what he wants", que também merece um destaque no baixo, mas quando a guitarra entra, é ai que vemos pra que o Queens veio, pra que o QOTSA surgiu. "Spiders and vinegaroons" é outra nova, tenho que escutar mais ainda, é outra instrumental, aparentemente mais lenta que a anterior. O álbum termina com "I was a teenage handmodel", certamente a música mais estranha do CD. Isso porque ela é de uma calma, de uma leveza que chega a causar espanto. Apesar de o álbum perder velocidade e ganhar uma pegada mais 'viagem' ao longo de sua execução, ninguém conseguiria imaginar o álbum terminando da forma como termina. Música fantástica, que impressiona e mostra que os caras tinham algo a mais, o que foi comprovado ao longo dos anos: sua versatilidade e criatividade para inovar na composição das músicas.

Por fim, é um grande álbum, que marcou o início de uma das melhores (se não a melhor) banda dessa tão contestada década passada.