8.1.11

O que salvou 2010

Estava eu aqui com meus pensamentos, e, vendo que esse ano promete, olhei pra trás e percebi que 2010 não foi um ano, digamos, 'produtivo' no quesito lançamentos. Muitas bandas ainda estagnadas, algumas anunciando retorno já, e outras no fim de turnês que começaram em 2008, 2009. Pra mim, o ano passado foi um ano de ficar remoendo velhas músicas conhecidas, conhecer velhas músicas de bandas já conhecidas, ou até de conhecer novas bandas, mas que lançaram seus últimos trabalhos a alguns anos já. Mas, houve uma exceção. No começo do ano passado, fui apresentado ao CD 'solo' do Slash, que de solo não tem nada. Fui apresentado à uma música em especial, por causa da peculiar parceria do guitarrista do Velvet Revolver com Fergie. A música ficou muito boa, mas eu queria ouvir mais. Quando descobri que pessoas como Iggy Pop, Ozzy Osbourne, Chris Cornell, Flea, Dave Grohl, Lemmy Kilmister, fora alguns companheiros dos tempos de Guns n' Roses participaram das gravações, fiquei empolgado, e não foi à toa.

A presença de vozes da 'nova geração' do rock também é louvável: Andrew Stockdale (da promissora Wolfmother), M. Shadows (da excelente Avenged Sevenfold, vide SWU), e também Myles Kennedy (do Alter Bridge), que foi até Manchester com Slash, para gravar o CD ao vivo, que conta com clássicos do Guns, do Velvet, mais as músicas próprias do guitarrista.

O que se destaca desse CD são as composições de cada faixa. É claro, não poderiam deixar de faltar os clássicos solos do cabeludo da cartola, mas as músicas em geral são ótimas. Começando pela primeira faixa, "Ghost", com os vocais de Ian Astbury, do The Cult, que conta com uma base de guitarra ótima, acompanhando a música inteira. A seguir uma das minhas favoritas. "Crucify the Dead", com Ozzy Osbourne, é uma daquelas músicas que marcam pelo refrão, tem uma composição mais melódica. Depois vem "Beultiful Dangerous", com a Fergie, "Back from Cali" com Myles Kennedy. A quinta música é a minha favorita: "Promise" ficou perfeita para a voz de Chris Cornell. A seguir "By the sword", outra ótima música com Andrew Stockdale, que tem um vocal incrível e sua banda, Wolfmother, é uma das grandes promessas atualmente. A seguir, "Gotten", mais lenta, com Adam Levine, do Marron 5, "Doctor Alibi", no melhor estilo 'curto e grosso' do Motorhead de Lemmy Kilmister, o instrumental "Watch This", com Dave Grohl e Duff McKagan, "I hold on" com Kid Rock. "Nothing to Say" é bem do estilo de M. Shadows, vocalista do Avenged Sevenfold: valoriza bem seus potentes vocais, e os rápidos riffs na guitarra que acompanham praticamente a faixa inteira lembram bastante o chamado "A7X". Seguindo, temos "Starlight", também com Myles Kennedy, que é lenta também, mas tem um refrão potente, que valoriza bastante o vocal. Terminando, temos "Saint Is A Sinner Too", com Roco Delucca, e "We're all gonna die", com nada mais nada menos que Iggy Pop.

E se não fossem as famosas 'questões legais', o povo brasileiro teria "Paradise City" na voz de Cypress Hill e Fergie, que é simplesmente a minha música favorita do Guns. Fiquei curioso com isso, seria legal poder ouvir essa versão, e tê-la no CD, mas, enfim, é o Axl né..
Por isso, agente teve que se contentar com apenas um bonus: "Chains and Shackles", com um dos meus baixistas favoritos: Nick Oliveri, ex-Kyuss e ex-Queens of the Stone Age.

Agora, o vídeo oficial de "By the sword", pra mim um dos destaques daquele CD que, pra mim, salvou o ano.



Outra boa notícia, é que shows do Slash estão confirmados no Brasil. "As apresentações, anunciadas no site oficial do guitarrista, acontecem no Rio de Janeiro (dia 06 de abril, no Circo Voador), São Paulo (dia 07 de abril, no HSBC Brasil) e em Curitiba (dia 08 de abril, sem local definido ainda). Ainda não há informações sobre preços e data de vendas de ingressos."

Então, que venha mais um show internacional de renome pra cá. Além de lançamentos, esse ano promete na questão dos shows aqui no Brasil.

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